Você já se encontrou nessa situação? Se não é o seu caso, com certeza você conhece alguém que já fez isso: na pressa de aprender inglês, se matriculou na escola conhecida e topou até ir pra um nível acima do dele porque não tinha mais vaga na turma que seria mais adequada.
Uma aluna está passando por isso, e me perguntou o que fazer. Veja minha resposta abaixo.
Oi pessoal, aqui é Ana Luiza!
Hoje eu vou falar para vocês o seguinte: Eu recebi um e-mail de uma aluna com a seguinte pergunta: “Professora, acabei de me inscrever em um curso de uma escola conhecida tal, e como eles não tinham a minha turma, eu acabei me inscrevendo em uma turma mais adiantada. O que eu faço?”
Bom, eu queria gravar um vídeo porque muita gente acaba se encontrando na mesma situação, tem muita gente que vai lá, se inscreve, faz matrícula em escola e depois é que vai se questionar se vai dar certo ou não. Então eu achei legal fazer este vídeo e para poder compartilhar a resposta com todo mundo. Então olha só a situação:
Ela é aluna do Curso Básico On-Line, e ao mesmo tempo como ela está em um gás para melhorar o inglês dela, ela foi lá e procurou essa escola, que é famosa e bem tradicional, e foi lá se inscrever. Chegando lá, não tinha mais horário; ela fez a prova de avaliação e não tinha mais a turma que seria adequada a ela. E aí colocaram ela em uma turma mais avançada. Ela resolveu topar este desafio e se inscreveu. Então ela me mandou este e-mail me perguntando: “E agora professora, o que você me recomenda, o que eu faço?” Bom, o que eu falei pra ela: Ela tomou um risco, que são dois riscos na verdade.
O Primeiro risco é o seguinte: ela não conhece essa escola, não conhece a metodologia, ela me escreveu perguntando se eu conheço, se eu sei se é uma escola boa realmente? Como que eles ensinam inglês? Então esse é o primeiro risco. Ela não conhece a escola.
O segundo risco obviamente é que ela se inscreveu em uma turma mais adiantada que o nível dela.
A primeira questão: A de não conhecer a escola. É uma coisa de quem me acompanha no Facebook, ou pelo Twiter já deve ter me visto comentar isto. Seja crítico quando você for escolher uma escola, seja crítico! É o teu dinheiro que você está usando, ou o dinheiro seu pai, sei lá! Mas é dinheiro que você esta dando para essa escola. A partir do momento que você assinou o contrato, você é responsável pelo ato de ir lá e assinar o contrato e assinar o cheque e fazer o pagamento. Depois que você fez isso, a única coisa que você vai poder fazer é reclamar e as vezes até “choramingar” que a escola não está sendo boa, não está te ensinando, que você não esta conseguindo aprender, que o professor é ruim, então seja crítico!
Hoje em dia tem muita informação on-line, tem fóruns de inglês, tem gente que faz tudo quanto é escola, você muito provavelmente vai conseguir achar a gente! Que tem experiência com esta escola, você vai conseguir achar testemunhos. Eu não estou falando de material promocional da escola.
Então vai lá, tenta encontrar quem? Alunos, olha em fóruns, se escreve em um fórum, tem fóruns bons de inglês por aí hoje em dia. Então se inscreve em um fórum, lança a pergunta: “Que aí já estudou na escola X, Y ou Z? Você conhece? Você fala inglês? Você atingiu seu objetivo?”
Seja crítico! Pessoal, sejam críticos! Hoje em dia não tem muita desculpa pra você não ser crítico, pra você não buscar! Pensa no resultado que você quer obter, e vai atrás de quem já conhece essa escola, de quem já estudou esse curso, ou esse professor e conversa, tenta conversar com essas pessoas e ver se essas pessoas atingiram o resultado que você quer. Certo?
A questão número dois é o que? Ela se inscreveu em uma turma mais adiantada. E ela me pediu um conselho: o que eu faço agora professora? Eu topei esse desafio, mas eu estou em uma turma mais adiantada, então o que eu falei pra ela: O seguinte: olha se você começar a fazer essa turma, e se passar uma, duas, três semanas, e depois de três semanas – um mês e você estiver se sentindo “perdida”, obviamente não é bom. Eu acho que depois de 3 semanas, 4 semanas, se você estiver perdida, dá pra considerar a experiência fracassada. Não muito boa.
Gente, compreensão é fundamental, compreensão é um passo fundamental, então o meu conselho pra ela, se ela resolveu entrar em uma turma mais avançada, é ver se ela consegue pegar os materiais que são usados, o conteúdo que é passado pra ela nesse curso, e se ela consegue dar um Gás nisso, e compreender o material. Pelo menos eu diria 70% a 80% do material. Se ela conseguir desenvolver compreensão desse material, o que ela pode fazer: ela pode pegar material escrito e principalmente material de áudio, então a partir do momento que ela tem compreensão, ela pode usar isso, pra por exemplo, formar uma rotina para fazer listening, pra absorver este conteúdo. Compreensão é fundamental. Sem compreensão o negócio não vai! Não vale a pena você ficar, 2, 3, 4 meses em uma aula de inglês, se sua compreensão é muito baixa. Na minha opinião esse é o principal papel de uma escola ou mesmo de um professor de inglês. É facilitar, proporcionar compreensão do aluno daquele conteúdo. Porque?
Porque a parte de aquisição, a parte de absorção que se dá através de muito listening, de ouvir muito, de ler muito, isso o aluno pode fazer em casa. Ele pode pegar aqueles áudios, aquele material da aula que ele já entendeu, ele pode chegar em casa e colocar aquilo em seu player de mp3, ou no computador mesmo, ou ele pode pega aqueles materiais escritos, (os livros), ou as lições, e pode ler isso em casa, pode ouvir muito. Ele pode colocar os materiais no player e pode ouvir enquanto ele está fazendo qualquer coisa, andando, lavando um prato, aquela coisa toda.
Então o principal papel, a função essencial de um professor em um curso, pra mim é facilitar a compreensão do aluno. Essa para mim é a tarefa mais preciosa de um professor.
Por exemplo: quem acompanha podcast, quem já tem um nível mais ou menos intermediário e acompanha os podcasts do ESL Pod do Dr. Jeff McQuillan, é o eslpod.com, sabe qual a estrutura daquele podcast.
Ele apresenta um diálogo, e aí ele passa todo o resto do podcast, explicando as palavras daquele diálogo. Ele fica em inglês é lógico, explicando, dando sinônimos. O que ele está fazendo, está facilitando a compreensão daquele diálogo inicial. Ele está dando sinônimos, esta dando outras palavras pra explicar aquilo.
No meu curso básico, eu faço a mesma coisa. Só que como é um curso básico, um curso pra iniciante do zero, o que eu faço: eu uso o português no início. Na verdade, quase no curso inteiro eu uso o português, e vai diminuindo um pouco a medida que o aluno vai avançando no curso. Então no começo eu uso muito o português pra facilitar a compreensão dos alunos daquele inglês. E aí o que acontece, eu dou um áudio pro aluno, onde só tem o inglês, aquele que eu já expliquei e ele já entendeu, e aquele áudio que só tem inglês, o aluno coloca no player, e aí ele parte pra aquisição, que é ouvir aquilo bastante, aquilo que ele já entendeu.
Pessoal, sem compreensão não adianta nada, vira barulho de fundo. Então o que eu falei pra ela: se você se propôs a esse desafio, então veja se você consegue nessa aula, atingir um mínimo de compreensão do que está sendo dado pra você que vale a pena, e ver como vai ser.
Eu nunca fiz aula nessa escola, mas é muito conhecida, e já lidei com ex-alunos dessa escola. Alunos que vieram me procurar com algumas questões. Então eu disse pra ela: veja qual é o esquema da aula, veja como é que vai ser dado, e conforme for tenta atingir um mínimo de compreensão do material que vale a pena. Pois aí você vai ter os inputs, vai ter os inputs de áudio, vai ter input de leitura.
Quem sabe você consegue usar isso pra sua aquisição fora de aula. Quem sabe você consegue algum material valioso pra colocar em seu mp3, quem sabe você consegue aí algum material de leitura, e vamos ver se durante as aulas desse curso você vai ter oportunidade de ter um professor ou professora que te propicie, que te facilite a compreensão do conteúdo de inglês.
Então foi isso que eu falei pra ela, e agora vamos ver no que vai dar.
Bom essa foi a dica de hoje, até mais e te vejo no Inglês On-Line.
Qual a sua experiência?
Ana criou um blog de dicas de inglês em 2006, e depois de muito pesquisar o que faz alguém ganhar fluência numa segunda língua, criou seu primeiro curso de inglês em 2009.