Olá! Tudo bem?
Quem mais perde sou eu
Consegue “chutar” a resposta à pergunta do título? Bom. Não é difícil saber que quem perde mais se você não aprender inglês é… você mesmo. E eu não estou nem assumindo que seu professor ou escola não estejam cheios de boas intenções.
No melhor caso possível, eles estão fazendo tudo que podem pra te ajudar. Mas se você não tiver bem claro qual é o seu objetivo ao aprender inglês, pode chegar ao fim de 3, 4 anos e constatar o que tantos já constataram: você aprendeu a falar algumas frases, estudou gramática e até passou nas provas, mas quando cai de pára-quedas no meio de uma conversa em inglês, não só você trava como tem dificuldade pra entender o que os outros estão dizendo.
A verdade é que, independente das intenções, poucos alunos recebem orientação correta quanto ao que fazer pra atingir o objetivo de 99% de quem estuda inglês: progredir em direção à fluência. Se você não tomar as rédeas do seu aprendizado (calma – continue a ler), a probabilidade é enorme que você vá se juntar ao enorme grupo de pessoas confusas, que se sentem perdidas e chegam à conclusão de que o problema são elas e pensam o famoso “Eu não levo jeito pra inglês”.
Foi por isso que no vídeo 7 Passos pra Você Nunca Ficar Fluente em Inglês eu disse que um desses passos era “saber que a responsabilidade do seu aprendizado é do professor, da escola, mas nunca sua.” Pois é, você aí: chegou a hora de ter uma conversa franca sobre isso. Não vai doer, mas vai fazer muito bem!
Eu acho que tem gente que vai parar de ler por aqui, pois a ideia de “assumir responsabilidade pelo seu aprendizado” soa como algo trabalhoso e meio chato. Não tem problema: se você ainda está lendo e pegou a importância da coisa, continue!
Assumir responsabilidade pelo seu aprendizado não quer dizer virar professor de inglês, nem necessariamente parar de ter aula particular ou fazer o curso que você já faz. É simplesmente uma questão de reconhecer que se você não tiver clareza quanto ao que você quer, e se não ficar de olho pra ver se está chegando lá… Adivinha qual seu destino? É aquilo que eu já falei: 3 escolas diferentes, anos e anos estudando, e eu ainda não falo inglês.
Então aqui vão três perguntas pra fazer você pensar um pouco e tomar controle de uma vez do seu processo de aprendizado do inglês:
1) QUAL É SEU OBJETIVO?
Se eu, Ana Luiza, estivesse na sua frente agora, e te perguntasse: “Querido(a) leitor(a) do Inglês Online, qual é seu objetivo com o inglês?”, sua resposta sairia imediatamente? Se você disse “Não”, então você precisa pensar agora e ter muita clareza sobre o que você quer. Agora, se você for como 99% por cento das pessoas que estuda inglês, o que você quer é conseguir falar e entender (e ler e escrever também, mas vamos ser francos – falar é a parte mais ‘complicada’.) Mantenha esse objetivo em mente para as próximas perguntas.
2) POR QUE VOCÊ ESCOLHEU A MANEIRA QUE VOCÊ ESCOLHEU (CURSO, PROFESSOR, ESCOLA, ETC) PARA APRENDER O INGLÊS?
“Não sei”, “Porque é a escola que meu amigo faz” ou “Vi a propaganda na TV” são razões que me fazem crer que você gosta de se arriscar! Tudo bem, você não corre perigo de vida por frequentar uma escola de inglês ruim, mas é seu tempo e dinheiro que estão sendo investidos num serviço que você contratou sem ter pego referência nenhuma.
Com tanta gente à nossa volta frustrada por ter gasto seus recursos em cursos péssimos – e, principalmente, com a Internet à nossa disposição, hoje em dia praticamente não tem desculpa pra não sermos criteriosos antes de escolher quem vai receber nosso rico dinheirinho em troca de nos auxiliar no aprendizado de inglês.
Veja:
Há fóruns sobre tudo na Internet brasileira, incluindo fóruns em que alunos e ex-alunos falam o que acham dos cursos. Aqui é a hora de você lembrar do seu objetivo (ítem anterior dessa dica!) e fazer o melhor possível para encontrar gente que conseguiu atingir esse mesmo objetivo – é com essas pessoas que você tem que conversar e descobrir o que elas fizeram, com quem estudaram e aí por diante! Não dá mais pra deixar a sorte decidir seu aprendizado.
Converse, fale com conhecidos, diga que quer saber mais sobre diferentes cursos. Considere as opiniões, mas verifique antes. Tenha sempre seu objetivo em mente, e peça às pessoas com quem conversar que sejam bem sinceras e específicas. Elas atingiram mesmo esse objetivo? Elas conseguem conversar em inglês?
Faça a sua própria pesquisa e descubra quais são as dicas mais quentes de quem já atingiu o objetivo que você quer. Elas estão pela Internet – eu sei disso, porque no Inglês Online tem um monte. De novo, vá atrás de quem conseguiu atingir o mesmo objetivo que você quer atingir, e descubra o que elas fizeram.
E, finalmente…
3) AVALIE O CURSO QUE VOCÊ ESCOLHEU DEPOIS DE UM TEMPO. ESTÁ VALENDO A PENA?
Às vezes eu falo com pessoas que estão há anos numa escola e me procuram desesperadas às vesperas do exame final. Elas me dizem que precisam de ajuda pra entender gramática e conseguir resolver exercícios. Não preciso nem dizer que a habilidade delas de conversar em inglês não é grande coisa.
Se um dia elas tiveram o objetivo de falar inglês, esse objetivo já se perdeu há tempos. O objetivo delas virou estudar gramática pra passar na prova, e elas estão pagando (bastante) dinheiro pra atingir esse objetivo (!)
Não deixe isso acontecer com você – não perca seu objetivo de vista. Depois de um tempo na nova escola, no novo curso, qualquer que seja, pare e avalie seu progresso da maneira mais fria que conseguir. Eu recomendo que você faça isso no máximo após 6 meses. Você hoje fala inglês melhor do que quando começou? Se a resposta for não… Que tal partir pra outra?
Quem mais vai perder se você não fizer isso não é a escola nem seu professor. Eu já trabalhei pra escola que passava aluno de ano que, pra colocar de uma maneira bastante suave, não estava pronto para o semestre seguinte. A impressão que dava era que eles não queriam perder o aluno… Bom, o maior perdedor nessa história vai ser você mesmo! Tome as rédeas do seu aprendizado e veja seu relacionamento com o inglês mudar, para MUITO melhor. Sucesso!
Veja mais sobre isso
Ana criou um blog de dicas de inglês em 2006, e depois de muito pesquisar o que faz alguém ganhar fluência numa segunda língua, criou seu primeiro curso de inglês em 2009.