Hello, everyone!
A dica de hoje usa uma frase que encontrei num fórum do IMDB.com, a maior base de dados em inglês sobre filmes e atores da Internet. Eu já tinha copiado a frase faz um tempo e nem me lembro do contexto, mas isso não atrapalha em nada. Aqui vai:
“I hate to be a negative nancy about this, but I really feel like this has gotten out of hand. Am I alone in this?”
Como sempre no inglês, a frase é cheia de expressões idiomáticas. Vou explicar e exemplificar as que marquei em negrito acima. Vamos lá?
“a negative nancy”
O Urban Dictionary define que uma pessoa é negative nancy quando ela é “someone who commonly whines, complains, or looks at the bad side of things“. Imagine alguém que geralmente vê o lado ruim das coisas, que frequentemente reclama, e por aí vai. Isso é o que se chamaria em inglês de a negative nancy. Percebeu que se usa o nome próprio Nancy na expressão? Essa é uma maniazinha dos falantes de inglês: esse artigo aqui, que aconselha você a se afastar de amigos negative nancy, cita também debbie downer (parecido com negative nancy) e connie complainer (pessoa reclamona) – Debbie e Connie também são nomes próprios.
A frase ali em cima começa com “I hate to be a negative nancy but…” O que a pessoa está querendo dizer? Como diríamos isso em português? Talvez “Não quero ser chata mas…”, onde chata quer dizer alguém que vê defeito, reclama muito, etc.
Veja esse exemplo: I told Paul about my plans and he’s being a negative nancy about it. Você contou seus planos ao Paul, e ele está achando que não vai dar certo, que vai ser difícil, ou que você não vai conseguir… Mais esse: Negative nancys usually downplay other people’s ideas in order to be part of the conversation, ou as negative nancys costumam fazer pouco das ideias dos outros para entrar na conversa.
Você já teve uma fase “negative nancy”? Já conheceu alguém que era assim?
“this has gotten out of hand”
Quando alguma coisa gets out of hand, essa coisa passa dos limites, passa a ser “demais da conta”, fica fora de controle ou algo assim. A pessoa que escreveu a frase lá do início começa meio pedindo desculpa (I hate to be a negative nancy about this…) mas prossegue dizendo que o assunto da conversa já passou dos limites. Veja mais alguns exemplos para você entender melhor:
- Has tipping gotten out of hand? Aqui uma pessoa pergunta se essa coisa de dar gorjeta já não passou dos limites, já não ficou algo excessivo. Isso por que gorjetas, nos EUA, são um assunto seríssimo… e as opiniões sobre o assunto, é claro, costumam divergir. Algumas pessoas acham que tem mais é que dar gorjeta mesmo; outras acham que it has gotten out of hand, ou se tornou algo ridículo, excessivo, que passou dos limites.
- When Mike’s anger got out of hand, he got help. Quando (o problema de) raiva do Mike passou dos limites, ele foi procurar ajuda.
Você já foi a alguma festa que começou calminha e terminou com garrafa quebrada e o chão cheio de comida e bebida derramada? Você poderia dizer que “Things got out of hand at the party and we ended up having to clean up the place at 2AM”. A gente acabou tendo que limpar o lugar às 2 da manhã porque things got out of hand (a coisa degringolou / o negócio começou a ficar bagunçado/ etc.)
Que exemplo você pode dar de uma situação que got out of hand?
“Am I alone in this?”
Essa é muito simples, e é uma perguntinha que você faz quando está querendo que alguém te diga que concorda, que você tem razão na sua opinião. Em geral, a pessoa que faz essa pergunta está expressando uma preocupação ou opinião negativa (é o caso de quem disse a frase lá no começo). Am I alone in this? é uma expressão muito comum e quer dizer “Só eu que acho isso?”
Veja o exemplo que eu encontrei na Net: Am I alone in thinking that Drupal is not a great platform? Essa pessoa provavelmente acha que o Drupal (um programa gerenciador de conteúdo) não é tudo isso, mas ela deve estar no meio de uma maioria que acha o Drupal maravilhoso. Ela resolveu ver se tem mais alguém que concorda com ela e soltou Am I alone in thinking…? ou “Só eu que acho que o Drupal não é tudo isso?
Por hoje é só, gente!
Ana criou um blog de dicas de inglês em 2006, e depois de muito pesquisar o que faz alguém ganhar fluência numa segunda língua, criou seu primeiro curso de inglês em 2009.